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Pesquisa com cogumelos é destaque na Academia Brasileira de Ciências

A Pesquisadora do PPBio/CENBAM/INPA Noemia Kazue Ishikawa tem pesquisado cogumelos comestíveis nativos do Brasil, motivada pelo fato de só se encontrar nos supermercados espécies asiáticas e europeias. "Encontrei na literatura 34 cogumelos consumidos pelos índios e populações amazônicas, então fui conhecê-los", relata. E foi um tiro certo: suas pesquisas sobre os cogumelos amazônicos despertaram o interesse dos chefs Alex Atala e Felipe Schaedler. Este último, inclusive, saiu na última revista Forbes como uma das pessoas com menos de 30 anos mais promissoras do mundo, já comentando suas experiências com cogumelos da Amazônia. Ambos os chefs começaram parcerias com a equipe de Noemia.

Na outra ponta da cadeia produtiva, o grupo liderado pela Noemia firmou parceria com o proprietário da Fazenda Aruanã, na região de Manaus, onde recentemente foram iniciados testes de produção de uma espécie de cogumelo (Lentinula raphanica) do mesmo gênero do shiitake (Lentinula edodes). "Os cogumelos são considerados alimentos funcionais da gastronomia brasileira e japonesa. Esse interesse culinário pode se tornar uma boa fonte de renda para as populações amazônicas", entusiasma-se a cientista.
 
Noemia diz que está gostando de mudar um pouco de foco da pesquisa básica sobre a biodiversidade amazônica para pesquisas aplicadas. "Além de ajudar o povo da região, é importante criar meios de valorizar a biodiversidade da Amazônia, de modo que ela seja mais bem aproveitada".
 

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A parceria com Chef Felipe Schaedler também foi destaque em outros veículos de comunicação.