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Estudo em grade PPBio avalia relações ecológicas da distribuição em meso-escala em 25 espécies de vertebrados

Apesar de ser uma parte importante da funcionalidade de vários serviços ecossistêmicos, vertebrados continuam a ser ameaçados por perturbações antrópicas, incluindo caça e perda de habitat em toda a Amazônia.

Mesmo com inúmeros estudos quantificando os impactos antrópicos sobre essas espécies, ainda não sabemos como fatores ambientais influenciam sua distribuição em florestas neotropicais “pristinas”.

No artigo intitulado “Ecological Relationships of Meso-Scale Distribution in 25 Neotropical Vertebrate Species”, publicado recentemente na revista PLoS ONE ,pesquisadores investigaram a influência de variáveis ambientais sobre os vertebrados de médio e grande porte na grade do PPBio na FLONA do Amapá usando armadilhas fotográficas.
 
 
Somente ungulados e roedores mostraram diferenças sazonais significativas no número de fotos por câmera.
 
Para a maioria dos grupos e espécies, as variáveis ambientais tiveram pouco poder de explicação na variação no número de fotos por câmera. Aves terrestres (Crax alector, Psophia crepitans e Tinamus major) e roedores (Cuniculus paca, Dasyprocta leporina e Myoprocta acouchy) foram as exceções notáveis, sendo que as variáveis ambientais explicaram de forma significativa a variação na distribuição de todas essas espécies.
 
Foi descoberto também que espécies de roedores e aves foram mais registradas próximo dos rios maiores. Como caçadores têm acesso principalmente pelos rios na região, estes dados sugerem que atualmente há pouco impacto antropogênico nestas espécies na área de estudo.
 
Os resultados obtidos fornecem uma base padronizada para comparação com outras áreas, e também torna possível planejar atividades de gestão e extrativismo dentro e fora de unidades de conservação em florestas tropicais.
 
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