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Jogos educativos sobre a biodiversidade de serpentes e peixes da BR-319 são apresentados em Humaitá/AM
Aconteceu na primeira semana de abril o lançamento dos jogos sobre a biodiversidade de serpentes e peixes existentes ao longo da BR-319 intitulados "Serpenteando na BR-319" (tabuleiro) e "Peixes de Igarapés da Amazônia" (jogo da memória). As ilustrações existentes no jogo da memória de peixes foram elaboradas pela Dra. Lis Stegmann (pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental), enquanto o jogo de tabuleiro de serpentes foi idealizado pelo Dr. Rafael de Fraga, pesquisador do Instituto Tecnológico Vale – ITV, contando também com a participação de Igor Yuri Fernandes, Alessandra de Araújo Rodrigues, William Ernest Magnusson e Sérgio Santorelli Junior.
A elaboração e produção dos jogos educativos contou com o apoio e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas - FAPEAM - via Edital nº 004/2023 - Programa de Apoio à Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação - POP CT&I. A realização do evento também contou com apoio do Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica - CENBAM, Programa de Pesquisa em Biodiversidade na Amazônia Ocidental - PPBio AmOc, Projeto PELD PSAM - PELD Sudoeste da Amazônia, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, Núcleo Regional do PPBio Humaitá e do Laboratório de Ictiologia e Ordenamento Pesqueiro do Vale do Rio Madeira - LIOP/UFAM.
Os jogos educativos sobre a biodiversidade de serpentes e peixes da BR-319 (Figura 1) foram apresentados às crianças e jovens da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida (Escola ribeirinha) localizada na cidade de Humaitá, no estado do Amazonas. As atividades relacionadas à apresentação e dinâmica utilizando os jogos contaram com a participação de alunos, professores, comunitários locais, sendo realizada com o apoio dos bolsistas do Laboratório de Ictiologia e Ordenamento Pesqueiro do Vale do Rio Madeira - LIOP/UFAM.
Figura 1. Jogos educativos de serpentes e peixes da BR-319
De acordo com MSc. Mariel de Acácio Lima, bolsista do LIOP e responsável pela aplicação dos jogos em Humaitá, essas ações são de fundamental importância para os povos ribeirinhos, que muitas vezes moram em locais inóspitos da região amazônica e que não tem muito contato com esse tipo de ação educativa. As crianças ficaram maravilhadas com as ilustrações das espécies locais e tiveram a oportunidade de aprender sobre essas espécies que existem ali mesmo na região onde vivem.
Através dessa iniciativa, espera-se que essas crianças, jovens, bem todos que estiveram envolvidos nas atividades desenvolvidas nas escolas, tenham consciência sobre a importância da fauna local e se engajem na conservação destes ecossistemas e promovam ações de educação ambiental em suas comunidades.
Os jogos, segundo o pesquisador do INPA, Dr. William Ernest Magnusson, foram disponibilizados em formato digital acessível e compatível com impressoras domésticas, para que possam ser replicados em outras localidades, podendo ser baixados nos links abaixo.
Jogo “Serpenteando na BR-319”
Serpenteando na BR-319 (Figura 2) é um jogo de tabuleiro que se passa na região de Humaitá, abrange a BR-319, os rios Madeira e Purus, floresta e comunidades tradicionais distribuídas ao longo da região do interflúvio Purus-Madeira e que fazem parte do trajeto percorrido pelos jogadores no tabuleiro. As casas numéricas estão dispostas formando uma cobra-coral, ao longo do trajeto os jogadores podem obter cartas com curiosidades sobre 15 espécies de serpentes e informações sobre avanços e retrocessos que variam conforme o local que o jogador estiver no tabuleiro. As espécies apresentadas no jogo são: jiboia (Boa constrictor), jararaca-do-norte (Bothrops atrox), papagaia (Bothrops bilineatus), periquitambóia (Corallus batesii), suaçuboia (Corallus hortulana), cascavel (Crotalus durissus), pico de jaca (Lachesis muta), cobra-olho-de-gato (Leptophis ahaetulia), coral-verdadeira (Micrurus hemprichii), coral-verdadeira (Micrurus remotus), bicuda (Oxybelis aeneus), falsa-coral (Oxyrhopus vanidicus), caninana (Spilotes pullatus), sucuri (Eunectes murinus), surucucurana (Helicops angulatus).
Figura 2. Bolsista Mariel Acácio ensinando os alunos a jogarem o jogo de tabuleiro “Serpenteando na BR-319”.
Jogo da memória "Peixes de Igarapés da BR-319"
No jogo da memória (Figura 3) são apresentadas treze espécies de peixes que habitam igarapés da Amazônia. São elas: peixe dálmata (Amazonspinther dalmata), rívulo (Anablepsoides micropus), peixe borboleta (Carnegiella strigata), jacundá (Crenicichla inpa), cabocão (Crenuchus spilurus), Acará (Aequidens tetramerus), Sarapó (Gymnotus coropinae), Piaba (Hyphessobrycon copelandi), candiru (Ituglanis amazonicus), peixe-lápis listrado (Nannostomus trifasciatus), peixe-lápis (Pyrrhulina semifasciata), acari (Rineloricaria lanceolata) e neon (Paracheirodon axelrodi). O jogo vem com um manual que explica como funciona o jogo da memória e possui informações sobre cada espécie de peixe que é encontrada nas cartas. Em cada carta podemos encontrar dois nomes: o primeiro é o nome comum e o segundo nome que está entre parêntesis é o científico.
Figura 3. Alunos do ensino fundamental jogando o jogo da memória de “Peixes de Igarapés da BR-319”