Tim Vincent 25.Jan.2017
Este editorial apresenta um resumo e histórico para:
Norris et al. (2018), além do alcance do dano? Submersão de áreas de nidificação de tartarugas fluviais e implicações para ações de restauração após o desenvolvimento de energia hidrelétrica na Amazônia. PeerJ 6: e4228; DOI 10.7717 / peerj.4228
A tecnologia de geração de energia para aproveitar a energia potencial liberada pela queda de água está em desenvolvimento contínuo há mais de 2000 anos, mas foi somente no final de 1800 (após o primeiro gerador elétrico ter sido inventado por Michael Faraday) que a eletricidade geração de energia começou a substituir a energia mecânica.
Hoje, cerca de 16% da geração global de eletricidade vem da energia hidrelétrica com a maior, a Barragem das Três Gargantas na China, gerando 22.500 MW.
A energia hidrelétrica é considerada: renovável, "verde", confiável, flexível e segura, mas hoje, as principais desvantagens; as conseqüências e despesas ambientais relacionadas a esses projetos estão sendo submetidas a um exame cada vez mais rigoroso.
O Brasil tem um enorme potencial para gerar energia hidrelétrica e, em 2016, gerou 410,24 TWh de uma capacidade instalada de 98.015 MW. (
https://www.hydropower.org/country-profiles/brazil). No entanto, projetos como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, geraram muita controvérsia em relação a questões ambientais e energéticas, bem como o fato de que as barragens e edifícios afetam diretamente a vida de grupos indígenas e populações ribeirinhas.
Historicamente, as barragens foram construídas com grandes reservatórios perto de áreas povoadas, não apenas para fornecer eletricidade, mas também para ter uma reserva de água para irrigação e consumo durante épocas de seca e regular o fornecimento de água durante flutuações no fornecimento natural. Agora, todos os grandes projetos de construção de represas são da linha do rio. Uma construção que não possui um grande reservatório para que o impacto no meio ambiente seja reduzido.
Observe que a redução na construção de barragens reduziu sua contribuição global para a demanda de cerca de 90% para 75%. Assim, as usinas térmicas “sujas” convencionais, que queimam combustíveis não renováveis à base de carbono, absorveram a folga. A contribuição de fontes nucleares, eólicas, biológicas e solares ainda é muito pequena.
A barragem de Cachoeira Caldeirão, neste estudo, é uma run-of-river dam localizada no rio Araguari, no estado do Amapá, Brasil.
O estudo quantifica os impactos diretos do reservatório de energia hidrelétrica na tartaruga do rio Amazonas,
Podocnemis unifilis, e propõe maneiras possíveis de mitigar os impactos negativos das barragens em tartarugas de água doce e nos ecossistemas de água doce da Amazônia que habitam.
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Fotos
A proteção de ninhos de tartaruga protege a biodiversidade (onça-pintada descansando em uma das praias de manejo comunitário).
Crédito da foto Fernanda Michalski.
Buscando o desenvolvimento sustentável. Crédito da foto: Fernanda Michalski
Atendimento comunitário. Crédito da foto: Fernanda Michalski
Primeira comunidade gerenciada praias de nidificação de tartarugas. Crédito da foto James Gibbs.
Equipe instalando dispositivos de exclusão de predadores para proteger os ninhos de tartarugas marinhas amarelas.
Crédito da foto: James Gibbs.
Dispositivos de exclusão de predadores usados para proteger ninhos de tartarugas marinhas amarelas. Crédito da foto: James Gibbs.
Filhotes de tartaruga. Créditos da foto Fernanda Michalski.
Pesquisas de nidificação de tartarugas. Créditos das fotos: Fernanda Michalski