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Projeto Igarapés completa 10 anos de estudos na Reserva Ducke

Fonte: Projeto Igarapés

O Projeto Igarapés realizará entre julho e agosto quatro excursões de pesquisa com o objetivo de compor o 10° ano de monitoramento da fauna de peixes nos igarapés na Reserva Ducke. Os pesquisadores do Projeto iniciaram o monitoramento na Reserva no ano de 2001 e, desde então, continuam a pesquisar a ictiofauna nos pequenos igarapés da mais bem estudada área de floresta Amazônica do Brasil. Até então, foram registradas 71 espécies de peixes nos pequenos igarapés de cabeceira da área. Apesar de existirem flutuações na características da fauna entre as estações do ano, entre os anos e 2001 e 2006 a estrutura das comunidades e a diversidade de peixes tem se mantido quase invariável nos igarapés da Reserva, indicando que a Unidade de Conservação tem sido uma importante área de preservação ambiental.

As excursões deste ano, que contarão com a participação de vários pesquisadores associados ao Projeto, durarão cerca de um mês e têm o objetivo de avaliar numa escala de 10 anos, como variam as características da fauna de peixes dos pequenos igarapés. Durante este tempo, os pesquisadores amostrarão peixes em 31 igarapés ao longo de 5 microbacias. Na região Oeste da reserva, serão amostradas as bacias dos igarapés Acará e Bolívia, que desaguam no igarapé do Tarumã. Na região Leste, eles amostrarão as microbacias dos igarapés Tinga, Uberê e Ipiranga, que deságuam no igarapé do Puraquequara.

"Esta amostragem é um marco histórico, não só para o Projeto Igarapés, mas também para a pesquisa científica na Amazônia. Diante de tantas dificuldades de acesso e da grande biodiversidade da região, são poucas as iniciativas com histórico de pesquisa tão longo, com num número razoável de pontos amostrais e com informações detalhadas como as que vêm sendo obtidas na Reserva Ducke pelos pesquisadores do Projeto Igarapés", afirma Helder Espírito Santo, estudante de doutorado e organizador das expedições para monitoramento dos peixes na reserva.

As pesquisas tiveram/têm apoio do INPA, do programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) e do Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (CENBAM) e financiamentos do CNPq, FAPEAM, Fundação O Boticário e Programa BECA/IEB.