O Eixo 5, em que o coordenador participou, trata do acesso e da permanência de estudantes indígenas no ensino superior. Um tema fundamental do Eixo é o das Licenciaturas Interculturais. O MEC iniciou, em 2005, um conjunto de ações para estimular a criação de cursos de Licenciaturas Interculturais Indígenas pelas Instituições de Ensino Superior, em articulação com as Secretarias de Educação. Esses cursos visam habilitar professores indígenas por áreas de conhecimento e promover a valorização do estudo de temas relevantes, tais como línguas maternas, gestão e sustentabilidade das terras e culturas dos povos indígenas. Visam ainda à capacitação política dos professores indígenas para atuarem como agentes interculturais na promoção e na realização dos projetos de suas comunidades. Existe, também, crescente demanda por formação profissional em outras áreas que apoiem os projetos de gestão territorial, saúde e meio ambiente. Outro tema importante é o das políticas de ação afirmativa e as Cotas, que têm oportunizado o acesso de estudantes indígenas às Universidades.
Entretanto, é necessário se pensar em cursos com propostas curriculares interculturais e voltados às necessidades de qualificação técnica de jovens e adultos indígenas para atuação em seus territórios.
Apesar da biodiversidade ser elemento integral e crítico para integrar ciência moderna com o conhecimento tradicional nas culturas indígenas, até o momento existem poucos indígenas formados em Biologia e, nenhum a nível de pós-graduação. Mesmo dentro daqueles formados em biologia, poucos estão seguindo especializações relevantes para a biodiversidade ou as culturas locais.