Oficina para subsidiar a elaboração de áreas prioritárias para recuperação da vegetação nativa na Amazônia.

DATA: 29 de novembro a 01 de dezembro de 2017, das 8hs às 17hs
LOCAL: Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém/PA – Brasil
OBJETIVO: Discutir e definir os critérios a serem incluídos na identificação de áreas prioritárias para
restauração da vegetação nativa no bioma e definição de cenários futuros a serem modelados visando
subsidiar políticas públicas.
Frente às mudanças no uso da terra e à degradação ambiental em grandes áreas, a restauração ecológica
tornou-se fundamental para a manutenção da biodiversidade e de serviços ecossistêmicos essenciais para o bemestar
humano. No âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), uma das metas de Aichi e das Metas
Nacionais de Biodiversidade é recuperar, até o ano 2020, no mínimo 15% dos ecossistemas degradados de todo o
mundo. No Brasil, em 2015 foi proposto o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (PLANAVEG)
prevendo a restauração de no mínimo 12,5 milhões de hectares até o ano de 2035, incluindo a recuperação de áreas
degradadas dentro de Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente, áreas de Reserva Legal e terras
indígenas. Para atingir tal objetivo e otimizar o sucesso das iniciativas e políticas públicas relacionadas, é essencial o
planejamento da restauração em larga escala baseado na priorização espacial.
A definição de áreas prioritárias para a restauração ecológica deve ser feita com base em abordagens
multicritério, incluindo parâmetros ambientais, sociais e econômicos. A complexidade e diversidade dos
ecossistemas naturais brasileiros, com dinâmicas distintas resultantes de combinações de fatores biofísicos e
socioeconômicos impõem um desafio ao planejamento da restauração, e exige que tal leve em consideração
diferentes critérios em cada bioma. O planejamento da restauração também deve levar em consideração a
otimização de diferentes serviços ecossistêmicos como por exemplo o potencial de sequestro de carbono e a
conservação da biodiversidade, e a criação de cenários de priorização ligados à regras de alocação de Reserva Legal,
tendências de mudança de uso da terra, e especificidades de cada bioma.
Diante disso, o objetivo deste projeto é definir, para cada bioma brasileiro, áreas prioritárias para a
restauração ecológica, com base em uma priorização espacial multicritério que otimize os potenciais benefícios
ambientais e socioeconômicos da restauração. Usaremos como base os resultados obtidos pelo Programa de
Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) junto a outros dados já disponíveis (por ex., mapas de uso de solo, redes de
drenagem, custo de oportunidade da terra, etc.). Nesta oficina pretendemos discutir e definir os critérios que devem
ser incorporados no planejamento da restauração e identificar cenários que devem ser modelados para subsidiar
políticas públicas.
PARTICIPANTES: Rede de pesquisadores e bolsistas do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio);
Ministério do Meio Ambiente – MMA; Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC),
Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio), especialistas em restauração
convidados.
Texto: CSRio