Português
English
Languages
Principais Resultados
Projeto “Diversidade Beta da comunidade de pteridófitas em florestas de terra firme da Amazônia Central”
A compreensão dos padrões de distribuição de espécies é fundamental à conservação, especialmente na Amazônia onde as áreas prioritárias não são evidentes e a heterogeneidade ambiental é pouco compreendida. Estudos de diversidade regional (beta) de florestas tropicais podem servir de base teórica para o planejamento de reservas. O objetivo geral deste trabalho foi determinar os padrões de distribuição das espécies de pteridófitas e suas relações com o ambiente em florestas de terra firme da Amazônia Central. As pteridófitas foram utilizadas como modelo, pois são um grupo de plantas relativamente fácil de ser amostrado e identificado. O solo foi o principal fator relacionado à composição de espécies, a abertura do dossel também teve efeito, porém mais sutil. Esses resultados indicam que a comunidade é estruturada pelo ambiente, como demonstrado para diversos grupos de plantas da Amazônia, como pteridófitas e melastomatáceas. A distância espacial entre as parcelas não explicou a dissimilaridade florística entre elas. Deve haver especificidade de algumas espécies por características ambientais de habitats argilosos ou arenosos, pois há substituição de espécies. Porém, não se pode afirmar que a argila é o fator causal das variações encontradas, apenas que é uma variável indicativa das condições ambientais locais como pH e umidade. O efeito de luz sobre a comunidade foi mais fraco, mas a riqueza e a abundância nas parcelas mais escuras foi maior. Muitas espécies estiveram associadas exclusivamente a ambientes escuros, que são também mais úmidos. A luz pode não ser um recurso limitante às pteridófitas de subosque e a tolerância à sombra de plantas de subosque deve determinar uma grande sensibilidade a níveis mais altos de luz. A forte relação entre a comunidade de pteridófitas e variações ambientais na escala de 150 km2 contrariam categorizações grosseiras de mapas vegetacionais que consideram a Amazônia Central relativamente homogênea.
A compreensão dos padrões de distribuição de espécies é fundamental à conservação, especialmente na Amazônia onde as áreas prioritárias não são evidentes e a heterogeneidade ambiental é pouco compreendida. Estudos de diversidade regional (beta) de florestas tropicais podem servir de base teórica para o planejamento de reservas. O objetivo geral deste trabalho foi determinar os padrões de distribuição das espécies de pteridófitas e suas relações com o ambiente em florestas de terra firme da Amazônia Central. As pteridófitas foram utilizadas como modelo, pois são um grupo de plantas relativamente fácil de ser amostrado e identificado. O solo foi o principal fator relacionado à composição de espécies, a abertura do dossel também teve efeito, porém mais sutil. Esses resultados indicam que a comunidade é estruturada pelo ambiente, como demonstrado para diversos grupos de plantas da Amazônia, como pteridófitas e melastomatáceas. A distância espacial entre as parcelas não explicou a dissimilaridade florística entre elas. Deve haver especificidade de algumas espécies por características ambientais de habitats argilosos ou arenosos, pois há substituição de espécies. Porém, não se pode afirmar que a argila é o fator causal das variações encontradas, apenas que é uma variável indicativa das condições ambientais locais como pH e umidade. O efeito de luz sobre a comunidade foi mais fraco, mas a riqueza e a abundância nas parcelas mais escuras foi maior. Muitas espécies estiveram associadas exclusivamente a ambientes escuros, que são também mais úmidos. A luz pode não ser um recurso limitante às pteridófitas de subosque e a tolerância à sombra de plantas de subosque deve determinar uma grande sensibilidade a níveis mais altos de luz. A forte relação entre a comunidade de pteridófitas e variações ambientais na escala de 150 km2 contrariam categorizações grosseiras de mapas vegetacionais que consideram a Amazônia Central relativamente homogênea.