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Earliella scabrosa (Pers.) Gilb. & Ryvarden
Filo: Basidiomycota
Classe: Agaricomycetes
Ordem: Polyporales
Família: Polyporaceae
Espécie pantropical amplamente distribuída em regiões tropicais da Ásia, África e América, incluindo a Amazônia brasileira. Frequente em áreas úmidas de floresta, crescendo sobre madeira morta.
Originalmente descrita como Polyporus scabrosus por Persoon, foi posteriormente atribuída ao gênero Earliella por Gilbertson e Ryvarden. O gênero é monoespecífico, ou seja, inclui apenas esta espécie.
O nome Earliella homenageia o micologista norte-americano Franklin Sumner Earle. O epíteto scabrosa refere-se à superfície áspera e escamosa do píleo do basidiocarpo.
Basidiocarpo resupinado a semicircular, com superfície superior áspera, escamosa ou feltrada, de coloração clara (branco a bege). Poros pequenos, regulares, com margem fina. Espécie facilmente confundida com outras poliporáceas claras, mas distinguível por características microscópicas.
Contexto branco a creme, fino. Himênio com tubos curtos e poros minúsculos, geralmente 5–7 poros por mm. Os poros são de cor semelhante à do píleo, escurecendo com o tempo.
Esporos hialinos, lisos, elipsoidais a cilíndricos, medindo 6–9 × 2–3 µm. Não amiloides, de parede fina, facilmente observáveis em montagens aquosas.
Sem odor ou sabor característicos. Incomestível devido à textura coriácea e ausência de interesse culinário.
Fungo saprobionte, decompõe madeira morta em florestas tropicais. Possui papel importante no ciclo de nutrientes ao degradar celulose e lignina.
Semelhante a espécies como Trametes elegans e Trametes versicolor, mas distingue-se pela textura escamosa e esporos menores. Observações microscópicas são essenciais para identificação precisa.
Recentemente, Earliella scabrosa chamou atenção devido a um raro caso de infecção humana documentado em ambiente hospitalar. Fora isso, sua importância é principalmente ecológica como decompositor florestal.