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Amauroderma schomburgkii (Mont.) Torrend
Filo: Basidiomycota
Classe: Agaricomycetes
Ordem: Polyporales
Família: Ganodermataceae
Espécie neotropical amplamente distribuída nas florestas tropicais da América do Sul, especialmente na Amazônia e em áreas de Mata Atlântica. Comumente encontrada em solos florestais úmidos, crescendo isoladamente ou em pequenos grupos, diretamente sobre o solo, ocasionalmente entre raízes de árvores em decomposição.
Descrita originalmente como Polyporus schomburgkii por Camille Montagne em 1840, a espécie foi transferida para o gênero Amauroderma por Torrend em 1920. A morfologia dos basidiocarpos e a ornamentação esporádica são características-chave na delimitação da espécie.
Amauroderma vem do grego amauros (obscuro) e derma (pele), em alusão à superfície escura e coriácea do basidiocarpo. Schomburgkii homenageia o naturalista Robert Hermann Schomburgk, ativo na Guiana.
Basidiocarpo anual, estipitado, com píleo escuro (marrom a negro), superfície zonada, de 5–15 cm de diâmetro. Estipe central firme, lenhoso, até 10 cm.
Carne dura e fibrosa, marrom-escura. Poros pequenos (4–6/mm), circulares a angulosos, esbranquiçados, escurecendo com o tempo ou ao toque.
Esporos elipsoidais a esféricos (10–13 × 7–9 µm), castanhos em massa, parede dupla e verrucosa, reagem ao reagente de Melzer (dextrinoides).
Sem odor ou sabor marcantes. Incomestível por textura lenhosa e ausência de valor culinário.
Fungo sapróbico, cresce em solo com matéria orgânica em florestas tropicais sombreadas. Contribui na decomposição de serrapilheira e raízes enterradas.
Pode ser confundido com A. rugosum e A. aurantiacum. Diferenças estão em tamanho dos esporos, ornamentação e estipe. Microscopia é essencial.
Usado em práticas medicinais na Amazônia (infusões tônicas). Possíveis compostos antioxidantes e triterpenoides. Muito apreciado por colecionadores e fotógrafos.