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Nome científico: Stereum ostrea (Blume & T. Nees) Fr.
Nomes comuns: Falsa cauda-de-peru, Crosta dourada em cortina
Família: Stereaceae
Filo: Basidiomycota
Ordem: Russulales
Stereum ostrea é um fungo rígido e não comestível que cresce sobre a casca de árvores de madeira dura. Seu corpo de frutificação tem forma de concha e exibe anéis concêntricos coloridos, o que faz com que se pareça com o conhecido Trametes versicolor, a verdadeira "cauda-de-peru" — daí o nome “falsa cauda-de-peru”.
O termo ostrea vem do latim e significa “ostra”, em referência ao seu formato.
Tamanho: 1 a 7 cm de largura
Formato: Em forma de leque ou semicircular, semelhante a uma concha
Superfície superior: Zonada, com faixas de cores como laranja, cinza e marrom-avermelhado; pode ser peluda ou lisa, ficando mais lisa com o tempo
Face inferior: Lisa, sem poros, de cor esbranquiçada a marrom-avermelhada
Esporos: Brancos; medem entre 5,5–7,5 x 2–3 µm
Odor/Sabor: Sem odor característico; consistência muito rígida
Comestibilidade: Não comestível
S. ostrea possui uma face inferior lisa, sem poros
Trametes versicolor apresenta numerosos poros na face inferior
S. ostrea tende a ser mais espessa e avermelhada
Tipo de crescimento: Saprofítico e patógeno de plantas
Substrato: Troncos, tocos e galhos em decomposição, especialmente de árvores como o carvalho
Padrão de crescimento: Cresce de forma individual, mas densamente agrupada
Associações comuns: Pode crescer junto com o fungo Phlebia incarnata
Distribuição: Ocorre em diversas regiões tropicais e temperadas, incluindo América do Sul, América do Norte, Ásia e Oceania
Época de ocorrência: Presente o ano todo
Stereum ostrea produz enzimas que degradam lignina, um componente da madeira:
Enzimas: Lacase, lignina peroxidase e manganês peroxidase
Compostos isolados:
Ácido metoxilaricinólico
Ácido laricinólico
Esterostreínas A–E (a esterostreína A demonstrou atividade antimalárica e citotoxicidade)
Essas características tornam a espécie interessante para aplicações biotecnológicas e ambientais.
Evidências genéticas recentes indicam que o nome Stereum ostrea pode estar sendo usado incorretamente em algumas regiões, especialmente na América do Norte, onde outras espécies semelhantes — como S. lobatum, S. fasciatum e S. subtomentosum — têm sido identificadas. Assim, o nome S. ostrea é, por vezes, usado como designação provisória ou como parte de um “complexo S. ostrea” para facilitar a identificação em campo.