O Informe Semanal' aborda a deterioração da maior floresta tropical do mundo. A Amazônia ocupa 40% da extensão da América do Sul e está passando por uma seca histórica, cujos danos são evidentes. Ela perdeu 20% de seu tamanho original. Como menciona Andrea Encalada, vice-reitora da Universidade San Francisco de Quito, "haverá uma mudança completa no tipo de floresta que temos. Poderia até se transformar de floresta tropical úmida em uma savana, o que significa uma grande perda de biodiversidade. Além disso, sua destruição tem um impacto global". A Amazônia regula a temperatura global e os ciclos hidrológicos, daí a importância de monitorar seu estado quando a Cúpula do Clima de Dubai está prestes a começar.
Segundo William Magnusson, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, "o importante é que é um sumidouro de carbono, e se liberarmos esse carbono na atmosfera, pioraremos a situação das mudanças climáticas. Mas o mais importante da floresta é que ela recicla água, se cortarmos as árvores, essa função será interrompida".
Incêndios violentos, desmatamento descontrolado ou o impacto de atividades ilegais estão deteriorando a Amazônia rapidamente. A Amazônia não é mais o que era antes, já existem áreas irreversíveis e outras que estão se aproximando rapidamente de um ponto sem retorno. Isso ocorreria quando, por exemplo, a quantidade de dióxido de carbono emitida fosse maior do que a absorvida. Estudos estimam que isso acontecerá em cerca de 25 anos.