"O que pode determinar quais borboletas estão presentes em um determinado lugar? Que características inatas desses insetos podem afetar a sua distribuição ao longo do espaço? Outros organismos, como plantas e aves, podem estar influenciando as assembleias de borboletas amazônicas? Essas questões foram investigadas em um estudo conduzido na Reserva Ducke por alunos e pesquisadores dos programas de Pós-Graduação em Entomologia e Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em parceria com um pesquisador do Rio Grande do Sul. Os resultados foram publicados recentemente pela revista norte-americana Environmental Entomology. Acesse o artigo aqui.
Dentre os achados, os autores verificaram que as plantas (que servem de alimentos para borboletas jovens e adultas) e pássaros insetívoros (principais predadores de borboletas) selecionam a composição de espécies de borboletas ao longo do espaço. Ainda, o nível de especialização das larvas de borboletas está atrelado à riqueza de plantas de um local, bem como borboletas grandes parecem suportar melhor a pressão predativa exercida pelas aves, já que o tamanho das borboletas cresce juntamente com a abundância dos predadores.
O trabalho faz parte da dissertação de mestrado do aluno Márlon Breno Graça, conduzido sob a orientação dos Dr. José Wellington de Morais e Dra. Elizabeth Franklin. O artigo ainda conta com a participação de demais membros do Laboratório de Fauna de Solo (Entomologia) Dr. Jorge Luiz Pereira de Souza e o aluno Pedro Aurélio Costa Lima Pequeno, bem como com o ex-aluno, mestre em Ecologia pelo INPA, Anderson Saldanha Bueno.”
Texto: Márlon B. Graça