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Estudo na Reserva Ducke mostra que distúrbios climáticos e senescência precisam ser incluídos em teoria geral que explica padrões estruturais em florestas tropicais

A Teoria Metabólica tenta explicar de modo geral como os sistemas biológicos se organizam de forma a maximizar a absorção de energia, distribuição de líquidos e nutrientes baseada em uma estrutura de fractal. Cientistas estenderam essa teoria para comunidades vegetais numa tentativa de explicar padrões similares de distribuição de tamanho de árvores encontrados entre florestas ao redor do mundo. 

Em recente artigo intitulado “Competition, exogenous disturbances and senescence shape tree size distribution in tropical forest: evidence from tree mode of death in Central Amazonia” publicado na revista Journal Vegetation Science, pesquisadores do CENBAM (José Julio de Toledo, William E. Magnusson e Carolina V. Castilho) mostraram que a Teoria Metabólica falha quando admite que a competição entre as árvores é o fator mais importante para gerar as distribuições de tamanho similares entre as florestas. Estudando a forma como as árvores morrem na Reserva Ducke, os pesquisadores descobriram que árvores de médio e grande porte (de 22 cm de diâmetro em diante) morrem geralmente caídas ou em pé, uma evidência de morte por outros agentes além de competição, como tempestades, secas e senescência (morte por envelhecimento). Os pesquisadores sugerem que distúrbios climáticos e senescência também sejam incluídos em qualquer teoria que tente explicar a organização estrutural das florestas, o que será importante para previsões futuras de mudanças nas florestas tropicais.

 
 
Para acessar o artigo
 
José J. de Toledo, William E. Magnusson and Carolina V. Castilho. Competition, exogenous disturbances and senescence shape tree size distribution in tropical forest: evidence from tree mode of death in Central Amazonia. Journal of Vegetation Science. Article first published online: 28 NOV 2012 | DOI: 10.1111/j.1654-1103.2012.01491.x   disponível online
 
 
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