Metadados Instalação da Grade ou Módulo RAPELD

Instalação de uma grade ou módulo RAPELD:
 
A implementação de um sítio RAPELD é simples e relativamente barata, visto a economia de recursos gerada por pesquisas integradas. Após definir o local de instalação da grade ou módulo o processo pode ser executado por uma empresa de topografia ou por um topógrafo mais sua equipe. Normalmente a equipe de abertura das trilhas são compostas pelo topógrafo mais 5 pessoas.
 
Antes de começar a abrir as trilhas é necessário georeferenciar com precisão a área de interesse. Recomendamos a demarcação de três pontos usando um GPS geodésico ou diferencial. Esses pontos iniciais serão usados para a determinação de azimute e início da projeção e devem ficar materializados com marcos padrão de cimento (modelo INCRA – figura 1). Recomendamos proteger esses marcos com um cercado de 1 m quadrado e 1 m de altura. Normalmente materializamos um desses marcos próximo a sede da unidade de conservação e os outros dois próximos da grade ou módulo para facilitar “arrastar” as medições pelo topógrafo.
 
As trilhas devem ser retas, exceto no caso de precisar desviar de uma árvore, e possuir 1 m de largura em florestas, em outras fitofisionomias a largura pode ser menor. Nenhuma planta, árvore ou cipó, com caule maior de 10 cm de diâmetro poderá ser cortada no processo de abertura das trilhas. Entretanto, todas as plantas retiradas, menores do que 10 cm de diâmetro devem ser cortadas rente ao chão (destocamento), a fim de permitir uma caminhada segura pelas trilhas. A equipe deverá fazer o levantamento topográfico plani-altimétrico com registro de pontos georeferenciados de coordenadas a cada 50 m ao longo das trilhas. Em cada um desses pontos a demarcação deverá ser feita através da colocação de piquetes de PVC com placas de alumínio indicando a trilha e a metragem (figura 2 e 3). A metragem marcada nas placas deve ser consecutiva em cada trilha, começando do 0 m, 50m, 100m, até 5000m.
 
Após a abertura das trilhas instalamos as parcelas permanentes de distribuição uniforme, parcelas aquáticas, ripárias e aquáticas estendida.
 
Material e Equipamento Recomendado:
 
  • Workstation, equipamento com programas de geoprocessamento, banco de dados e planilha eletrônica;
  • Aparelhos receptores de sinal de GPS de alta precisão (geodésico) – apenas para rastrear os marcos iniciais;
  • Estação total ou Teodolito e acessórios;
  • Bússolas;
  • Trenas;
  • Tubos de PVC ¾ de diâmetro (cortado em pedaços 1 m de altura) para marcação das trilhas, com a parte superior pintada de vermelho. Para cada trilha serão necessários 100 pedaços e, portanto para o conjunto de trilhas serão necessários 1.200 pedaços;
  • Tubos de PVC de ½ polegada de diâmetro (cortado em pedaços de 50 cm de altura) para marcação das parcelas. Para cada parcela serão necessários 30 pedaços de 50 cm, portanto para o conjunto total de parcelas serão necessários 900 pedaços;
  • Alumínio em bobina, para a confecção das placas para a marcação das metragens nos tubos de PVC;
  • Jogo de marcador alfa-numérico (para fazer a inscrição nas placas de alumínio dos canos). 

Figura 1. Materialização do marco geodésico na ESEC Cuniã – RO, com GPS geodésico.

Figura 2. Trilha da Grade do Parque Nacional do Viruá, Caracaraí – RR, piquete da L3-750.

Figura 3. Parque Nacional do Viruá, na trilha N1-2650.